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terça-feira, 24 de março de 2009

Pense pequeno!

Pense Pequeno foi uma chamada publicitária que sacudiu os Estados Unidos há muitas décadas. O criador do texto quase foi levado à cadeira elétrica. Mas a idéia dele, mal interpretada, era formidável, se os americanos a tivessem aceitado naquele momento não estariam hoje vivendo a ruína em que estão. Foi assim: Quando a Volkswagem lançou o fusquinha nos Estados Unidos, um publicitário pensou para ele um texto promocional de lançamento que era genial mas não deu certo...
Ocorre que naquele tempo os americanos só aceitavam carros enormes, difíceis de estacionar, bebedores de gasolina, um horror, como horror são até hoje os carros grandes. Esses carros, todavia, têm bom mercado porque, inconscientemente, compensam a pequenez e a impotência dos seus donos. É psicanalítica a questão.
Pois bem, o fusquinha nos Estados Unidos seria uma revolução, pequeno, prático, boa mecânica, ótimo para estacionar, econômico, um sucesso, mas... mas encalhou. Ninguém o quis naquele momento. Tudo começou pelo título da publicidade de lançamento do carro: Pense Pequeno.
Os americanos burros não entenderam o pense pequeno, o pensar um carro pequeno. Pegaram a coisa pelo lado errado, tipo seja pequeno. Burros! O criador da propaganda foi execrado — ora, já se viu americano pensar pequeno! Eles gostavam de carrões, casarões, piscinões, bem ao tipo dos brasileiros babacas de hoje. Mas tudo se explica pela impotência dos homens, eles buscam, pelo inconsciente, compensar por fora a pequenez interior.
Fico a pensar, por que não reviver o — pense pequeno — do rejeitado publicitário americano? Por que não usar carros pequenos sem ser pequeno? Por que gastar em tolices externas só para parecer grande — por fora — para os que passam por nós? Por que não deixar para pensar grande só as significativas virtudes da vida? Por que não pensar grande nas leituras, nas decências, nas paixões pelo trabalho, no respeito à ordem, na grandeza, enfim, de um ser humano que vale a pena? Por que não pensar pequeno por fora — nos gastos tolos — e pensar grande por dentro?
A única grandeza que nos dá prazeres reais, que nos traz sossego, que nos dá saúde e paz é a grandeza de dentro. Ou alguém consegue ser infeliz por fora sendo feliz por dentro? A vida é interior, o exterior é reflexo. E é por isso que tantos infelizes buscam a felicidade externa sem se dar conta de que perdem tempo. Quem tem vida interior não precisa de vida exterior, pensa grande por dentro e pequeno por fora.

4 comentários:

  1. Amei o texto e, concordo plenamente com você, o importante é o que vem de dentro. Qto aos americanos babacas, que são iguais à alguns brasileiros babacas... não é novidade, gde parte de brasileiros vivem como se fossem estadounidenses ex-patriados, rs. É isso aí, vamos pensar pequeno no que é supérfluo, e pensar grande no que há de relevante na vida e de gratificante para o ser humano.

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  2. Muito bom o texto! Parabéns! Também é essa a ideia que eu tenho dos americanos. Só pensam grande o que se vê, porque o que me transmitem, enquanto povo, é uma enorme pequenez de espírito.

    Abraços
    Luísa

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  3. Ivandro muita Paz! Estou lhe visitando. Parabéns pelo maravilhoso trabalho. Gostei do tema, post muito bom, excelentes idéias e aborgagem. Estou esperando você, volte sempre! Votos de grandes realizações e prosperidade. Que as bênçãos divinas nos protejam e ilumine. Deixo um abraço fraterno.
    Valdemir Reis

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  4. gostei muito desse seu pensamento sobre essa situaçao , principalmente da frase que diz " Ou alguém consegue ser infeliz por fora sendo feliz por dentro? ".Eu penso parecido com você nesse sentido ,acho que devemos ser felizes por dentro por cada momento que vivemos e apreendemos e por cada decisão tomada , no caso dos americanos ,deveriam ficar contentes por ter a oportunidade de fazer uma escolha inteligente que beneficiaria a si e aos outros

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