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sexta-feira, 26 de junho de 2009

SIM OU NÃO


Há certas qualidades na personalidade que nos fazem encurtar o caminho para o sucesso. São habilidades naturais, não se sabe de onde elas vêm, mas isso não importa muito. O que importa é ter a habilidade.

Estou falando da habilidade ou da capacidade, quem sabe, da coragem de dizer não. A estonteante maioria das pessoas não tem essa habilidade, que também pode ser chamada de virtude. Seja como for, se você não tiver a capacidade de dizer não quando o que lhe está diante do nariz não lhe interessar, vai ser difícil a sua vida. As pessoas, mais das vezes, não tem essa coragem. E aí aceitam o que não gostariam de aceitar, fazer o que não gostariam de fazer.

Acabo de ler sobre uma professora de inglês, de 23 anos. Dessas que preferem um prego no sapato a ter que dizer não. Ela contava que cobra R$ 20 pela hora/aula de inglês. Mas que costuma dar descontos logo que o aluno pede uma redução no valor das aulas. Chegou a reduzir à metade do preço, em muitos momentos. E se alguém “chora” muito, fica de graça...

A professora contou que tem pena das pessoas nesses momentos.

Engano dela. Ela é que não se sente segura diante do seu valor de professora, ela é que não se respeita como alguém que merece respeito pelos esforços feitos e pelo conhecimento adquirido.

Essa história de não saber dizer não arruina casamentos, destrói amizades, infelicita a vida...

Também andei lendo um texto sobre o assunto escrito por um consultor de carreiras. Ele disse que precisamos dar um valor, um preço ao nosso “show” na vida. E que esse preço deve levar em conta a qualidade do trabalho da pessoa, a realidade específica do mercado em que ela vive, e o perfil de quem está prestes a contratá-la.

Tudo bem. Ocorre, todavia, que essa história de o preço do trabalho ser ajustado de acordo com a avaliação do próprio profissional a ser contratado, abre portas para irrealidades.

Muitas pessoas costumam se sobrevalorizar, pedem mais do que merecem ou valem, essa a regra. Nesse caso quem tem que dizer não é o outro lado, o contratante.

De um modo ou de outro, seja o que for, aprender a dizer não é um tipo especial de preservativo da saúde. Quem não tem coragem para dizer não, acaba sempre sendo mandado pelos outros, fazendo o de que não gosta e passando a todos a falsa ideia de que tudo está numa boa.

Só quem não pode dizer não é filho de menor idade quando os pais o mandam estudar, ajudar na limpeza da casa, ser ordeiro na escola e exemplo em tudo o mais. Nesses casos, filhos só dizem sim.

6 comentários:

  1. Boa tarde, Ivandro!

    Quero agradecer-lhe, em nome da organização da blogagem colectiva Aldeia da minha vida, por ter participado, na qualidade de leitor e eleitor e pelo seu contributo para o sucesso da mesma.

    Dia 30 de Junho serão publicados os resultados.
    Até lá, um bom fim de semana!

    Susana Falhas

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  2. Saudações!
    Amigo Ivandro,
    Excelente Post!
    Um texto extremamente importante a muitos qua estão aprendendo a dizer, não!
    Há pessoas que são tão hábeis em dizer, não, que soa aos nossos ouvidos como se estivessem dizendo, sim!
    Parabéns pelo relevante texto!
    Abraços,
    LISON.

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  3. Uma grande realidade citada em seu texto. Cabe as pessoas saber dizer não e também a saber o valor que seu trabalho ou talento tem, o estrelismo também é um ponto muito negativo na vida de pessoas e/ou profissionais.

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  4. TEm gente que faz absurdos por não saberem avaliar direito seus objetivos e meter um não ás vezes. Até mesmo pro chefe folgado

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  5. Eu, até pouco tempo atrás, não sabia dizwer "não". Me sujeitava a quase todo tipo de coisas no serviço. Um dia, acordei e disse "não", o que surpreendeu o outro lado. Agora, em um primeiro instante, eu digo um "não" bem redondo, alguns segundos depois começo a analisar a situação e, conforme for eu mudo a minha postura e digo um "sim" convincente.

    Belo post, Ivandro!

    Abraços,

    André

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  6. Olá Evandro,
    E você? Já recebeu seu NÃO hoje?
    Esta postagem me chamou atenção, pois já comentei sobre isso por julgar que as palavras SIM e NÃO, são primordiais no relacionamento humano, muito mais quando se trata de jovens e adolescentes com os quais somos abrigados a conviver.
    A história da professora eu conheço e é verdadeira.
    Exelente este Post!
    Tenha um bom fim de semana.

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