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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Que tal não fazer nada, mas ao mesmo tempo ajudar pesquisas em todo o mundo?


Ajudar ao próximo, preservar o planeta, diminuir o consumo, lutar contra a pobreza, a fome e a violência. São tantas as possibilidades de melhorar o mundo que muitos usam esta infinidade de problemas para cruzar os braços e “pensar” por onde começar. O que muita gente não sabe é que pode ajudar deixando de fazer coisas. É isso mesmo, você pode auxiliar a realizar pesquisas que combatem a AIDS, câncer infantil, fome, dengue e muito mais utilizando melhor o tempo ocioso do seu computador.
Parece impossível, mas não é. Estimativas apontam para um número impressionante de 1 bilhão de computadores interligados ao redor do mundo. Você consegue imaginar quanta capacidade de processamento todos eles juntos podem alcançar? Lançado em 2004 a World Community Grid (WCG), criada pela IBM, propõe que todo este mar de processamento seja utilizado para fins humanitários e permita que o tempo gasto em pesquisas complexas caia de centenas ou milhares de anos para mesesA lógica de funcionamento do grid é muito simples e genial. O Grid Computing, de acordo com a World Community Grid, reúne vários computadores de uso pessoal em um enorme sistema de processamento que pode ultrapassar o processamento de vários “supercomputadores”. Antes de estudos voltados à saúde, o grid já era usado em pesquisas na área de astronomia (através do
SETI@home), pois havia a necessidade de acelerar os resultados da constante busca do homem por vida extraterrestre.É claro que para ajudar você não precisa ser um pesquisador e muito menos contribuir financeiramente. O tempo ocioso do seu computador é a sua doação, pois esse período somado com várias máquinas ao redor do mundo pode ajudar a reduzir, por exemplo, o tempo de processamento de uma sequência gigante de DNA que levaria centenas ou milhares de anos para ser concluído.
Quer saber mais? Confira o vídeo a seguir com Ruth Harada, diretora de cidadania corporativa da IBM.De acordo com dados da WCG, a América Latina tem pouco mais de onze mil voluntários, enquanto a Europa participa com mais de cem mil computadores. Contudo, de acordo com Fábio Bustamante, no início do projeto era possível se cadastrar sem definir um país de origem (o que não acontece hoje), sendo assim, há mais de 250 mil membros sem nacionalidade o que poderia fazer o número de brasileiros saltar para 17 mil. Mesmo sendo uma iniciativa global, o grid já colaborou muito para a ciência brasileira. Exemplo disso é o Projeto de Comparação de Genomas da Fundação Fiocruz, o primeiro trabalho brasileiro aprovado para participar do WCG.De acordo com Fernanda Marques, integrante da equipe de assessoria de imprensa da Fiocruz, tal análise levaria 3.748 anos para ser realizada se no processo apenas um computador realizasse as comparações, contudo foi concluída em apenas 12 meses com a ajuda do processamento ocioso de milhares de voluntários.
Além da Fiocruz, vários brasileiros abraçaram a causa e promovem a divulgação do grid no Brasil, como é o caso do fotógrafo Fábio Bustamante. Criador do site e blog “Eu Grido”, Bustamante se tornou um dos principais responsáveis em propagar a iniciativa no Brasil. Em seu site é possível conhecer todo o projeto, empresas que aderiram e os passos para se tornar um voluntário.
Em entrevista exclusiva ao Baixaki, Fábio Bustamante explica o que o motiva a participar do que pode ser considerada a “Filantropia do século XXI”.

Um comentário:

  1. Saudações!
    Amigo Ivandro,
    Excelente Post!
    É um tema profundo, favoritei o seu texto e vou dar uma atenção toda especial ao assunto em tela...Penso que vale a pena conferir!
    Parabéns pelo magnífico post!
    Abraços!
    LISON

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