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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Elegante Sinceridade


Tamerlão, poderoso rei assírio do século XIII, era um soberano muito cheio de si e cônscio das deferências de que se julgava credor por parte de todos os súditos. Ele tinha uma particularidade física notável: - Um grande e monstruoso nariz, o que muito o aborrecia. Por isso, jamais tinha-se deixado retratar. Quando, porém, já estava velho, seu filho e sucessor, preocupado com a possível ausência da figura do pai na galeria real, tanto insistiu que conseguiu dele a anuência em se deixar retratar. O monarca estabeleceu uma condição: - só aceitaria o retrato, como sua estampa oficial, se encontrasse um artista que o pintasse a contento. E os artistas que tripudiassem sua imagem, seriam executados, conforme a tradição do reino: - na forca. Aceita a condição, editais foram espalhados por todo o Reino, convocando os artistas para a importante e perigosa tarefa. Não obstante o risco, três se apresentaram, para tentar o que seria a suprema obra de sua vida e ganhar assim fama, reconhecimento e muitas moedas de ouro. Justamente os três melhores mestres da arte pictórica do Reino se apresentaram para o comedido. O primeiro artista retratou o monarca tal e qual, com o narigão enorme e tudo. O rei, vendo o quadro acabado, embora admirando o gênio artístico do pintor, enfureceu-se com ao ver sua figura horrenda e mandou enforcar o infeliz artista. Veio o segundo pintor e, temeroso, pintou o rei fielmente, com exceção do aberrante apêndice nasal, em cujo lugar colocou irrepreensível narizinho. O soberano, sentindo-se ridicularizado, assinou igualmente a pena capital do segundo, sem comiseração. Chegou, a vez do terceiro pintor, o qual, habilidoso, conhecendo a paixão do rei pela caça, retratou-o portando um arco e flecha, a atirar numa raposa. E o antebraço segurando a arma, dissimulava o nariz. Vendo o resultado do trabalho, o monarca sorriu satisfeito e recompensou-o generosamente. As três atitudes mais comuns em relação à verdade: A primeira é a franqueza rude, contundente, que não hesita em expor toda a realidade dos fatos, doa a quem doer. Os partidários dessa atitude podem revelar o mérito da coragem e do desinteresse, mas tiram nota zero em relações humanas. A segunda é a hipocrisia interesseira. Os deste grupo podem revelar inteligência e engenhosidade para distorcer os fatos, a fim de agradar aqueles a quem desejam conquistar. A terceira, é a dos partidários da verdade construtiva, evidenciando o que é útil, edificante, e elegante, omitindo sutilmente os aspectos menos agradáveis da vida do próximo.Autor desconhecido

6 comentários:

  1. Leia mais, Ler é viver, Quem lê sabe mais; bonito por aqui. abraços Linus

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  2. Saudações!
    Amigo Ivandro,
    Que Post Fascinante!
    Muito profundo o texto em tela, verdadeira aula de sabedoria!
    Parabéns pelo magnífico texto!
    Abraços!
    LISON.

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  3. Nossa, Ivandro, que lição! Bom ver como foi tratada a "verdade"! Bjs

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  4. Olá, Ivandro!

    Muitas pessoas são bajuladoras, escondem o que não presta da pessoa a quem quer bajular somente para agradar a esta. Existem os que são sinceros mas que magoam as pessoas com sua sinceridade nua e crua. Devemos ser razoáveis. Devemos praticar em nossas ações o que seja prático sem prejudicar ninguém.

    Abraços

    Francisco Castro

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  5. Oi, Ivandro!

    Eu já conhecia esse texto, e sempre o achei muito interessante e perspicaz.
    Deveríamos ser como o terceiro pintor...
    Parabéns pela postagem.

    Beijos no coração.

    Rosana Madjarof.

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  6. Nossa! muuuito bom!

    Equilíbrio é a palavra chave, discernimento é a colher medidora; a verdade deve ser dita no que é mais importante.

    concordo!

    Abraços!

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