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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Segurando Um Ao Outro

A dedicada enfermeira, sobrecarregada com tantos pacientes a atender, viu um
jovem entrar no quarto e, inclinando-se sobre o paciente idoso em estado
grave, disse-lhe em voz alta: seu filho está aqui.

Com grande esforço, o velho moribundo abriu os olhos e, a seguir, fechou-os
outra vez.

O jovem apertou a mão envelhecida do enfermo e sentou-se ao lado da cama.

Por toda a noite, ficou sentado ali, segurando a mão e sussurrando palavras
de conforto ao velho homem.

Ao amanhecer, o manto escuro da morte caiu sobre o corpo cansado do enfermo.
Ele partiu com uma expressão de paz no rosto sulcado pelo tempo.

Em instantes, a equipe de funcionários do hospital encheu o quarto
para desligar as máquinas e remover as agulhas.

A enfermeira aproximou-se do jovem e começou a lhe dizer palavras de
conforto, mas ele a interrompeu com uma pergunta: quem era esse homem?

Assustada, a enfermeira respondeu: eu achei que fosse seu pai!

Não. Não era meu pai, falou o jovem.
Eu nunca o havia visto antes.

Então, porque você não falou nada quando o anunciei para ele?

Eu percebi que ele precisava do filho e o filho não estava aqui.

E como ele estava por demais doente para reconhecer que eu não era seu filho,
resolvi segurar a sua mão para que se sentisse amparado.
Senti que ele precisava de mim.

Nesses dias em que as pessoas caminham apressadas, sempre com muitos
problemas esperando solução,
não têm tempo sequer para ouvir o desabafo de um coração aflito,
um jovem teve olhos de ver e ouvidos de ouvir o apelo mudo de um pai no
leito de dor.

É tão triste viver na solidão...

É tão triste não ter com quem contar num leito de morte...

Se você tem um familiar enfermo, aproxime-se dele e segure firme a sua mão.
Ofereça-se para lhe fazer companhia, ainda que por alguns minutos.

Fique em silêncio ao seu lado para ouvir o que os ouvidos do corpo não
conseguem captar.

Seja uma presença amiga, sincera, que proporcione segurança.

E se você não tem um familiar enfermo, agradeça a Deus por isso e faça uma
visita a alguém que precisa de apoio.

Há tantos enfermos solitários precisando de um gesto qualquer de afeto para
sentir que viver ainda vale a pena.

Pense nisso e procure ser a companhia de alguém que precisa de você neste
exato momento.

Madre Teresa de Calcutá costumava dizer que ninguém tem que morrer sozinho.

Do mesmo modo, ninguém deve se afligir sozinho ou chorar sozinho; rir
sozinho ou celebrar sozinho.

Nós fomos feitos para viajar de mãos dadas através da jornada da vida.

Há alguém pronto para segurar a sua mão hoje. E há alguém esperando que você
segure a dele.

Paz no Coração

2 comentários:

  1. É uma história muito significativa, pois poucos tem disposição para segurar a mão de seus próprio parentes quanto mais de desconhecidos.

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  2. BERNADETE DIZ; Essa mensagem, escutei nas madrugadas da vida sem dormi, e esculto orações de 5 da manha da Radio Recife, 97.5, ai decorei o titulo e procurei no google e encontrei, e comprovei que ela é linda de mais.
    Seria muito bom se no Mundo existissem pessoas assim.

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