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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palato congelado explica dor de cabeça repentina




A "dor de cabeça do sorvete" pode não soar como um assunto para pesquisas sérias, mas é algo intrigante e corriqueiro o suficiente para ter gerado diversos estudos na literatura médica.
O fenômeno, também conhecido como "congelamento do cérebro", ocorre quando uma substância muito fria toca a parte posterior do palato, causando uma rápida contração e dilatação dos vasos sanguíneos na cabeça. Segundo alguns estudos, isso faz com que os receptores de dor estimulem o nervo trigêmeo, o maior condutor de informações sensoriais do rosto ao cérebro, resultando numa dor aguda no rosto ou na cabeça.

Mas isso pode não afetar a todos. Pesquisadores descobriram que apenas um terço da população passa pelo fenômeno e que, apesar do mito originado em estudos anteriores, ele não ocorre somente em dias quentes.

Num relatório publicado em 2002 na revista britânica "BMJ", um cientista da Universidade McMaster, no Canadá, conduziu um estudo envolvendo 145 alunos do ensino médio durante dois meses do inverno. Todos eles --para seu deleite-- receberam porções moderadas de sorvete. Alguns foram aleatoriamente instruídos a consumi-lo lentamente, enquanto outros tinham de devorá-lo em cinco segundos ou menos.

Cerca de 30% dos estudantes no grupo de "alimentação acelerada" tiveram a dor de cabeça, frente a 13% do grupo de "alimentação cautelosa".

O estudo afirmou: "Ao contrário de estudos anteriores, nossos resultados sugerem que a dor de cabeça do sorvete pode ser induzida no clima frio, mesmo entre aqueles que consomem seu sorvete num ritmo lento."

Alguns estudos indicam que pessoas que sofrem de enxaqueca podem ser mais inclinadas às dores de cabeça induzidas pelo frio, embora outros tenham contestado essa descoberta.

A conclusão: a dor de cabeça do sorvete pode ocorrer tanto em climas quentes quanto frios.

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