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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Grilo bate recorde dos insetos por ter os maiores testículos









Se fosse humano, até poderia estar se gabando. Mas, nesse caso específico, passou batido entre seus semelhantes o reconhecimento de um grilo possuir os maiores testículos.

Os testículos do pequeno inseto representam 14% de sua massa corporal. Se a mesma proporção fosse aplicada a um homem, seria o equivalente a vários sacos de açúcar totalizando cerca de dez quilos.

O estudo, publicado na revista "Biology Letters", é parte de uma investigação sobre as consequências evolutivas sexuais e envolveu a análise de 21 tipos de grilos.

"Estes são realmente testículos fenomenais, que ocupam quase a totalidade do abdome do grilo. Isso mostra quão competitiva a reprodução pode ser para algumas espécies se elas não podem espalhar seus genes. É isso em termos de evolução", comentou o pesquisador Karim Vahed, da Universidade de Derby (Reino Unido), que trabalhou em parceria com a Universidade de Cambridge.


Essa mesma adaptação feita pelos grilos da espécie Platycleis affinis é vista entre comunidades de chipanzés, em que as fêmeas normalmente fazem sexo com todos do sexo oposto --para se destacar, os machos se tornaram recordistas e acabaram desenvolvendo os maiores testículos entre o grupo de grandes macacos.Com testículos maiores, os machos podem produzir mais esperma e aumentar suas chances de passar seus genes para frente.

Mas um dos pesquisadores aponta uma diferença sobre os grilos estudados. Embora tenham testículos grandes, era baixa a quantidade de esperma. "Nosso estudo mostra que temos que repensar algumas suposições", disse o pesquisador Kames Gilbert, de Cambridge, sobre a tendência de se pensar que machos desenvolvem testículos maiores quando vivem em grupos com fêmeas promíscuas.

Segundo Gilbert, possivelmente a natureza dotou esse grilo com grandes testículos e pouco esperma para permitir o acasalamento sem reservas.

Essa especulação pode ter um fundo de razão. O grilo estava pronto para ter outras relações sexuais depois de uma hora, enquanto outras espécies com testículos menores demoraram até cinco dias para se recuperarem.

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