
Tem muita gente que cedo, muito cedo, recolhe-se da vida, encaramuja-se, fecha-se num retiro que lhes priva de encantadores prazeres. São os que vivem dizendo que não lhes fica bem certos comportamentos, que já têm idade para não se expor ao ridículo, quando, na verdade, não há nenhum ridículo no que eles se referem.
— Sou o doutor fulano, o que vão dizer de mim se me virem fazendo isto ou aquilo? Sou uma autoridade, sou um executivo, sou um médico, sou um bestalhão, sou isso, sou aquilo...
Mais das vezes, as pessoas são mesquinhas diante da vida, apequenam-se imaginando-se grandes. Vivo recomendando aos meus amigos executivos, empresários, entrevistados, dependendo de quem seja, que façam um curso amador de teatro.
Esse curso lhes fará um enorme bem, vai descontraí-los, vai fazer-lhes mais soltos, mais relaxados, mais fascinantes, vai, enfim, torná-los mais humanos. Aprendi isso na América. Aliás, o que de bom que fazemos por aqui não veio de lá? E é bom que o mundo se prepare, o "dragão" vem vindo, ele não tem amigos, ele tem fogo para cuspir sobre o mundo, o mundo que se prepare para a pior das ditaduras...
Mas não é esse o assunto, o assunto é nos livrarmos de condicionamentos idiotas, do tipo não posso isso, não posso aquilo. O que não devemos, isso sim, é meter a mão no que não é nosso, não prevaricar, não ser desonesto do dinheiro público, mau marido, mau parceiro, tudo...
O que me traz a esta charla longa, demorada, é o encanto que sinto em ler nos jornais que se multiplicam pelo Brasil os cursos de palhaços para quem quer ser do time dos Doutores da Alegria. Pessoas que vão fazer rir, distrair e levar um pouco de conforto à crianças, a pacientes de hospitais.
Gente de todo tipo, de todas as graduações acadêmicas, de bom dinheiro no banco, gente que está descobrindo a felicidade na felicidade alheia. Gente que põe roupa de palhaço e só aí se descobre verdadeiramente gente e feliz. Imagine um general, um magistrado, um conceituado empresário, um, um, vestido de palhaço e fazendo crianças doentes rir e idosos sofredores rejuvenescer na felicidade do riso, que beleza seria.
A esperança, de fato, não morre, os Doutores da Alegria se multiplicam.
Saudações!
ResponderExcluirAmigo IVANDRO
Maravilha!
Seu artigo é extremanete humanista, educativo e de grande relevância social. E principalmente levar alegrias aos enfermos é um gesto verdadeiramente nobre!
Concordo com você plenamente, um curso voltado as artes teatrais faz uma bem imensurável ao espírito!
Parabéns pelo texto!
Abraços,
LISON.
é exatamente tudo isso!
ResponderExcluirOs Doutores da Alegria é uma iniciativa fantástica. Parabéns pelo artigo Ivandro.
ResponderExcluirAbraços
Ahhh eu amo isso... uma vez tentei participar e nem imaginava que já estava meio de "quadro lotado". Que bom ter tantas pessoas com tanto amor para querer fazer o mesmo!
ResponderExcluirBjs