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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PRESTE ATENÇÃO!

Carta enviada de uma mãe para outra mãe em SP, após noticiário na TV:

DE MÃE PARA MÃE:

Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado..

Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência.

Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...
Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro.

Enorme é a distância que me separa do meu filho.
Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.

Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família...
Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual.
Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.
No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo....
Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu, que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.
Nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar "Os meus direitos"!

Se concordar, circule este manifesto!

Talvez a gente consiga acabar com esta inversão

de valores que assola o Brasil.

DIREITOS HUMANOS SÃO PARA HUMANOS DIREITOS




3 comentários:

  1. Bah! o outro lado da moeda...
    Sempre tem, ainda bem.

    Infelizmente, com o ocorrido essa mãe em luto, há que ver o distanciamento das Entidades no curso da verdade.

    Maria Marçal - Porto Alegre - RS

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  2. Puxa...entendo a dor da mãe, se entendo!

    Mas a outra não tem culpa dos atos do filho e não vai como mãe, deixar seu rebento desamparado!!

    Muito triste mesmo.

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  3. Concordo plenamente com teu texto, questiono muito os direitos humanos quando é visto apenas um lado . Mil e uma razão é dada ao marginal para ter feito o que fez e nada se faz pela mãe que perdeu seu filho pelo ato daquele marginal.
    Como mãe sei que a minha criação, a forma como educo meus filhos influí muito para eles serem o que são.
    Um abraço!

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